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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Gênero textual para Antônio Marcuschi


                                                               MARCUSCHI                              

                                                            
Dentre os brasileiros, é importante destacar a análise feita por Marcuschi sobre o gênero.

        Para Marcuschi (2008), não é importante distinguir rigidamente as fronteiras entre texto, discurso e gênero,  pois se complementariam - configuração textual e enunciado, condicionados pela forma de ação social no gênero. Conforme o autor, essas fronteiras começaram a ser desfeitas quando toda forma de produção textual passou a ser considerada gênero.
        O estudo dos gêneros requer um enfoque multidisciplinar, com enquadramento na linguagem e nos aspectos das ações culturais e sociais. Portanto, o autor destaca o estudo do gênero como prática social discursiva.
        Sobre a variabilidade dos gêneros, Marcuschi (2008b: 17) afirma que “Eles mudam, fundem-se, misturam-se para manter sua identidade funcional com inovação organizacional”. Por isso, o autor condiciona o surgimento e estabilidade do gênero a modelos sociais adequados, situações de uso e momento histórico-social. Dois aspectos são colocados como importantes na realização genérica: o enunciativo e o composicional. Para Marcuschi (2008), - nas atividades que cabem um discurso característico para se realizarem - primeiramente, escolhe-se o gênero que carrega consigo uma esquematização textual que deve possuir aspectos formais e funcionais. Essa esquematização do texto não é arbitrária, mas permite variação. Para o autor (2008b), o gênero dá sentido às atividades humanas e é realizado em textos que tem sua atividade discursiva legitimados pelas instituições. O esforço de classificação dos gêneros deve levar a uma definição a partir dos seus aspectos sócio-comunicativos, pois, baseando-se na perspectiva de Bazerman, afirma Marcuschi (2008b) que “Os gêneros são rotinas sociais de nosso dia a dia”.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. 3ª ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros Textuais: configuração, dinamicidade e circulação. In: _______
KARWOSKI, Mário; GAYDECZKA, Beatriz; BRITO, Karim Siebeneicher (org). 3ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008b. p. 15 – 28.
                                                                

Organizar e Interagir

                                                     
Dois verbos diriam muito do que vimos até aqui: Organizar e Interagir. Em face das mudanças e avanços nas tecnologias: com a criação de novos instrumentos, modos de comunicação e o maior acesso às mídias é preciso organizar-se. O professor precisa buscar o aprimoramento no uso das NTIC. Estudando, refletindo sobre as possibilidades de aplicação do conhecimento construído ao longo do tempo pela sociedade. Organizando as atividades a partir do contexto da escola, do aluno. Planejar as atividades levando-se em conta a importância de cada mídia para ampliação da visão de mundo por parte do aluno - e por que não dizer dos professores também – aproveitando todas as suas possibilidades de interação. É um desafio que se coloca por conta da necessidade de contribuir com a formação de cidadãos competentes, capazes de se relacionar eticamente com o meio e de produzir novos conhecimentos. Mas apesar de sabermos de tudo isso, demoramos tanto a tomar decisões acertadas. Acredito que por diversos fatores – principalmente a falta de investimento público - estamos tão atrasados.